As Oportunidades Perdidas do Benfica B: Uma Análise Tática e Estatística
No mundo do futebol, poucas coisas são tão frustrantes quanto dominar uma partida sem nada a mostrar no placar. Benfica B viveu isso em primeira mão no dia 10 de março de 2025, quando foi mantido a um empate sem gols pelo Portimonense na 25ª rodada da II Liga Portuguesa. O encontro no Estádio da Luz foi um testemunho do velho adágio de que a posse nem sempre se traduz em vitória.
Sob a orientação de Nélson Veríssimo, o Benfica B entrou em campo com um plano de jogo claro: controlar a posse, pressionar alto e explorar os espaços deixados pelos adversários. Durante grande parte do primeiro tempo, esse plano parecia estar funcionando. O Benfica B desfrutou de impressionantes 65% de posse, uma cifra que reflete seu compromisso em manter o controle do jogo. O trio de meio-campo orquestrou os acontecimentos com finesse, ditando o ritmo e o tempo do encontro. No entanto, como qualquer observador experiente do jogo dirá, a posse no terço médio significa pouco sem um jogo incisivo no terço final.
De fato, embora as estatísticas do Benfica B em termos de passes completados e território dominado fossem impressionantes, a sua falta de finalização clínica era evidente. Os atacantes encontraram-se bem controlados pela defesa resiliente do Portimonense, com o goleiro Vinícius Silvestre emergindo como o herói do dia. Suas habilidades de defesa frustraram vários ataques promissores do Benfica B, demonstrando seus reflexos e posicionamento.
À medida que a segunda metade se desenrolava, a dinâmica da partida mudou sutilmente. O Portimonense, talvez fortalecido por sua solidez defensiva, começou a se aventurar para frente com mais frequência. Essa mudança de tática levou a um jogo mais aberto, e enquanto o Benfica B continuou a pressionar, deixou-se exposta aos contra-ataques de seus adversários. Um momento controverso surgiu quando o Benfica B recebeu um pênalti, apenas para que ele fosse revertido após uma revisão do VAR. Essa decisão foi recebida com reações mistas, mas sublinhou as margens finas que podem separar a vitória do empate no futebol.
Com a partida terminando em empate, o Benfica B permaneceu em sexto lugar com 34 pontos. Essa posição os mantém ao alcance das vagas de promoção, mas destaca a necessidade de maior eficiência na finalização. Enquanto isso, o Portimonense, que ocupa a 11ª posição com 30 pontos, demonstrou a eficácia de uma abordagem defensiva disciplinada contra um oponente tecnicamente superior.
Enquanto o Benfica B reflete sobre esta partida, eles são lembrados da importância de converter a dominância em ações decisivas. Embora sua disciplina tática e jogo de posse sejam dignos de elogio, a capacidade de capitalizar essas forças será crucial em sua busca por ascensão na hierarquia do futebol português.