Análise Tática: O Conflito do Benfica com o Barcelona na Liga dos Campeões
Em 11 de março de 2025, o Estádio da Luz em Lisboa testemunhou o esforço valente do SL Benfica contra uma equipe formidável do Barcelona na fase de oitavas de final da UEFA Champions League. Apesar de sua determinação, o Benfica sucumbiu a uma derrota de 1-3, encerrando assim sua campanha europeia com uma derrota de 1-4 no agregado. Esta partida ofereceu um fascinante espetáculo tático, mostrando as nuances estratégicas empregadas por ambas as equipes.
O Benfica, sob a liderança de seu astuto treinador, optou por uma formação 4-2-3-1, um esquema projetado para oferecer tanto solidez defensiva quanto potencial ofensivo. O duplo pivô de João Neves e Florentino Luis foi crucial para ditar o ritmo e fornecer um escudo à linha defensiva. Sua tarefa principal era interromper o jogo de passes fluido do Barcelona, particularmente nas áreas centrais, enquanto ofereciam linhas de passe para transitar rapidamente para o ataque.
Na fase ofensiva, o Benfica buscava explorar as laterais, com os extremos Fredrik Aursnes e David Neres encarregados de esticar a defesa do Barcelona. A intenção estratégica era isolar os laterais do Barcelona e criar sobrecargas, permitindo que os laterais, Alexander Bah e Mihailo Ristić, avançassem em apoio. No entanto, a alta pressão do Barcelona e o jogo de transição rápida frequentemente forçavam o Benfica a recuar, limitando sua capacidade de manter a pressão ofensiva.
Enquanto isso, o Barcelona demonstrou sua versatilidade tática, adotando uma formação 4-3-3 que se transformava fluidamente em um 3-4-3 quando estava com a posse. Lamine Yamal e Raphinha foram fundamentais nas laterais, proporcionando largura e criando espaço para que os jogadores centrais pudessem explorar. O gol de Yamal, resultado de um rápido contra-ataque, destacou a eficiência do Barcelona na transição, capitalizando as breves lacunas na estrutura defensiva do Benfica.
Central para o sucesso do Barcelona foi sua capacidade de controlar o meio-campo, com Pedri orquestrando o jogo de trás. Sua visão e habilidade de emendar passes incisivos pelas linhas do Benfica foram fundamentais. A interação entre Pedri, Gavi e Frenkie de Jong permitiu ao Barcelona dominar a posse, forçando o Benfica a correr atrás de sombras e neutralizando suas ameaças de contra-ataque.
Apesar da derrota, o Benfica mostrou períodos de resiliência e disciplina tática. Sua forma defensiva foi geralmente compacta, e eles conseguiram manter uma linha alta disciplinada durante grande parte da partida. No entanto, a superior habilidade técnica e a adaptabilidade tática do Barcelona acabaram por se mostrar decisivas, com o gol tardio de Raphinha selando a vitória.
Em resumo, este encontro foi um testemunho da profundidade estratégica e da acuidade tática exigidas nos mais altos níveis do futebol europeu. O Benfica demonstrou uma determinação louvável, mas a execução tática e o brilho individual do Barcelona garantiram seu avanço no torneio.