Adaptações táticas do Bayern de Munique em meio a problemas de lesões
O Bayern de Munique, sob a liderança de Vincent Kompany, encontra-se em uma fase desafiadora à medida que uma crise de lesões se aproxima, ameaçando desviar seus planos táticos para a temporada. Alphonso Davies, uma das figuras centrais da equipe em sua dinâmica formação 4-2-3-1, sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior, afastando-o por um período estimado de seis a oito meses. Essa lesão impacta significativamente a capacidade do Bayern de utilizar o flanco esquerdo para contra-ataques explosivos, uma marca registrada de seus recentes sucessos táticos. A ausência de Davies exige uma mudança estratégica, talvez em direção a uma abordagem mais conservadora com um 4-3-3, garantindo solidez defensiva enquanto aproveita o meio-campo para transições criativas.
A lista de lesões se estende além de Davies, com Hiroki Ito fora devido a uma fratura metatarsal. O papel de Ito, frequentemente como um defensor versátil capaz de jogar tanto no centro quanto nas laterais, fornecia a Kompany a flexibilidade para ajustar as estruturas defensivas durante o jogo. A ausência de Ito pode forçar o Bayern a depender fortemente de jogadores de fundo, potencialmente alterando sua estratégia de pressão alta, especialmente contra equipes tecnicamente competentes como o Inter de Milão. Como resultado, o Bayern pode optar por uma formação mais compacta 3-5-2, priorizando a congestão central e o apoio dos alas para mitigar a perda de cobertura defensiva nas laterais.
A recente ausência de Raphaël Guerreiro dos treinos aumenta as preocupações. O papel de Guerreiro como um eixo criativo, seja como lateral esquerdo ou meio-campista, é crucial para o jogo de construção do Bayern. Sua capacidade de transitar a bola da defesa para o ataque com passes precisos e movimentos inteligentes é um componente chave da estratégia de posse de bola do Bayern. Sem ele, o Bayern pode ter que recorrer a um duplo pivô no meio-campo, possivelmente incorporando um jogador como Joshua Kimmich para manter o equilíbrio e o controle.
Para agravar a crise, estão as lesões de Kingsley Coman e Leon Goretzka. O problema no pé de Coman priva o Bayern de um de seus alas mais rápidos, conhecido por esticar as defesas e criar espaço para os atacantes centrais. Goretzka, lidando com desconforto nas costas, deixa um vazio na dinâmica do meio-campo e no potencial de gols de posições mais profundas. Juntas, essas lesões exigem uma recalibração da abordagem tática do Bayern. Kompany pode implantar um sistema de falso nove, utilizando Thomas Müller em um papel mais profundo para facilitar o jogo e compensar a falta de jogo pelas laterais tradicionais.
O próximo confronto na Liga dos Campeões contra o Inter de Milão será um teste da engenhosidade tática de Kompany. A disciplinada estrutura defensiva da equipe italiana e a habilidade em explorar espaços no contra-ataque exigirão que o Bayern seja tanto taticamente astuto quanto adaptável. O desafio de Kompany será fundir o talento disponível em uma unidade coesa, garantindo que o Bayern mantenha sua vantagem competitiva apesar dos contratempos.