Análise Tática: As Lutas do AVS Futebol SAD Contra o Moreirense
Em um encontro desafiador no Estádio do CD das Aves em 17 de maio de 2025, o AVS Futebol SAD enfrentou o Moreirense FC e sucumbiu a uma derrota de 0-3, estendendo sua sequência sem vitórias na Liga Portugal para oito partidas. A partida destacou várias deficiências táticas na configuração atual do AVS que requerem atenção urgente se eles quiserem reverter sua sorte.
O AVS adotou um sistema 4-2-3-1, um sistema que teoricamente permite tanto solidez defensiva quanto flexibilidade ofensiva. No entanto, a execução em campo foi insatisfatória, especialmente na manutenção da coesão defensiva. O pivô duplo do meio-campo, destinado a proteger a defesa, teve dificuldades para conter as transições ofensivas do Moreirense. O gol de Alan no minuto 18 resultou de uma falha na cobertura do meio-campo, permitindo que ele explorasse o espaço entre as linhas de forma eficaz.
A incapacidade da linha defensiva de manter uma forma compacta foi ainda mais exposta com o gol de Noubi C. Teguia no minuto 25. A linha de quatro defensores parecia desarticulada, muitas vezes fora de posição, permitindo que o Moreirense capitalizasse essas brechas. Com a posse da bola, o AVS buscou construir jogadas pelas laterais, aproveitando a velocidade de seus jogadores abertos. No entanto, a falta de movimento incisivo da linha de ataque significou que esses avanços raramente se traduziram em oportunidades reais de gol.
Movimentos de Jogadores e Fortalezas Chave: Os esforços ofensivos do AVS foram liderados por Mercado J., o artilheiro da equipe com três gols nesta temporada. Apesar de seus esforços, a dependência da equipe em brilhantismo individual em vez de um jogo coletivo coeso foi evidente. Nene e Grau J. tentaram ligar o meio-campo e o ataque, mas a natureza desarticulada do jogo ofensivo do AVS frequentemente os deixava isolados e ineficazes.
Estatisticamente, o AVS mostrou uma propensão a marcar entre os minutos 31 e 45, representando 28% de seus gols. No entanto, com apenas 4% dos gols marcados na janela de 16 a 30 minutos, o menor da liga, a falta de penetracão precoce tem sido uma deficiência tática significativa. Esta partida contra o Moreirense foi um testemunho da luta contínua do AVS para estabelecer uma base nos jogos desde o início.
O golpe final veio com o chute de Jorquera Romero no minuto 50, um reflexo da incapacidade do AVS de se reagrupar e reorganizar efetivamente no intervalo. A derrota ressalta a urgente necessidade de reavaliação tática, focando na organização defensiva e na sinergia ofensiva, se o AVS quiser se levantar de sua atual situação na Liga Portugal.