Análise tática: A estreita derrota do Goiás EC para o Botafogo SP na Série B
Em um confronto muito disputado da Série B no dia 30 de agosto de 2025, o Goiás EC sofreu uma decepcionante derrota por 2-3 contra o Botafogo SP no Estádio de Hailé Pinheiro, um resultado que causou ondas em sua campanha de promoção. Vágner Mancini, o técnico no comando, optou por uma formação 4-2-3-1, uma estrutura que lhe serviu bem ao longo da temporada, contribuindo para seu sólido registro de 13 vitórias, 5 empates e 6 derrotas antes deste jogo. No entanto, a disciplina tática e o conhecimento estratégico do Botafogo SP expuseram algumas vulnerabilidades críticas nesse esquema.
Desde o início, o Goiás buscou aproveitar a largura proporcionada pelos seus laterais, avançando para criar sobreposições e esticar a linha defensiva do Botafogo. O pivô do meio-campo, composto por volantes dinâmicos, tinha a tarefa de transitar rapidamente a bola para o trio ofensivo atrás do único atacante. No entanto, a formação 4-4-2 do Botafogo SP provou ser eficaz em sufocar essa estratégia. Seu bloco compacto no meio-campo interrompeu as linhas de passe, forçando o Goiás a jogar longas bolas, que foram facilmente neutralizadas pela linha defensiva bem organizada do Botafogo.
O Botafogo SP capitalizou a agressiva posição dos laterais do Goiás, explorando os espaços deixados para trás com rápidos contra-ataques. Essa abordagem deu frutos no 27º minuto, quando o Botafogo surpreendeu o Goiás e anotou seu primeiro gol. Apesar desse revés, o Goiás conseguiu empatar com uma rotina de bola parada que destacou sua habilidade aérea. No entanto, o Goiás EC teve dificuldades em manter solidez defensiva, enquanto os incisivos movimentos ofensivos do Botafogo repetidamente os desorganizavam.
O goleiro do Goiás, Tadeu, que tem sido um pilar com 4050 minutos jogados nesta temporada, se viu cada vez mais exposto devido a lapsos defensivos, sofrendo três gols em um dia em que a linha defensiva não ofereceu proteção suficiente. O terceiro gol, resultado de uma rápida jogada de transição do Botafogo, sublinhou a vulnerabilidade do Goiás a rápidas transições ofensivas, uma área que Mancini precisará abordar enquanto tenta solidificar sua campanha de promoção.
A derrota impactou não apenas sua posição imediata, deixando-os precariamente posicionados em 4º lugar com 44 pontos, mas também intensificou a competição de equipes como Coritiba e Chapecoense que estão pressionando forte. Com a janela de transferências fechada desde 2 de setembro de 2025, nenhuma nova aquisição pode reforçar a profundidade de seu elenco, o que significa que Mancini deve confiar em ajustes táticos e coesão interna para enfrentar os desafios da temporada.
Essa perda serve como um lembrete claro das altas apostas na Série B, onde a acuidade tática e a adaptabilidade podem ser a diferença entre a promoção e mais uma temporada na segunda divisão. À medida que o Goiás busca se recuperar, sua capacidade de aprender com essa derrota e corrigir suas deficiências táticas será crucial nas semanas seguintes.